Hoje
eu vi uma propaganda no jornal, anunciando o iPad mini. Sinceramente, não entendo as tendências estéticas
tecnológicas. Primeiro, vieram os celulares. Grandes, pesados, desajeitados, só
faziam ligações (aliás, foi pra isso que foram inventados), eram conhecidos
como “tijolar”. Aos poucos, evoluíram e, além da tendência de tornar o celular
um canivete suíço contemporâneo, o tamanho dos aparelhos foi reduzindo
drasticamente.
Cada
modelo novo tinha mais funções e era sempre menor do que o anterior. Com o
passar do tempo, a tendência foi mudando. Não sei se as pessoas perdiam muitos
celulares ou se a adição de funções impossibilitava a diminuição do tamanho,
mas os telefones começaram a crescer de novo. Com muitos jogos, acesso a
internet e funções como walkman,
calendário e etc; além da tela touch screen, depois da moda da canetinha,
hoje, os celulares estão grandes de novo. Não tanto quantos os primeiros, mas
já causam algum desconforto.
Como
a principal vantagem do dispositivo é ser portátil, não faz muito sentido ser
grande. Em compensação, muito pequeno, pode ficar perdido em algum lugar.
Depois
vieram os tablets. Aparelhos inúteis
que não chegavam a ser computadores, mas eram maiores que celulares, executavam
as mesmas funções de computador e celular, só que em um tamanho idiota. Muito
grande para ser portátil e muito pequeno para ser trambolho. A tela, maior,
permite uma melhor visualização, e cutucar a tela maior com o dedo par acessar
as funções é mais confortável para quem tem dedos gordos e aperta sempre o que
não quer. Mas pra guardar, já não é tão fácil. Não cabe no bolso, por exemplo.
Acho
que é por isso que inventaram o modelo mini. Continua sendo um trambolho, mas
menor. Um trambolhinho.
Com
os fones de ouvido aconteceu a mesma coisa. Antigamente, a impressão que se
tinha de alguém usando fones de ouvido era a de que o sujeito estava na NASA.
Ou recebendo algum sinal de lá. Os fones foram diminuindo, facilitando o
transporte, assim como os aparelhos.
Veio
o iPod e os tocadores de MP3
genéricos. Todos com suas versões mini, como se as versões normais já não
fossem mini perto do que havia antes. E quanto menor, mais espaço para
armazenar músicas. E agora, os fones começaram a crescer de novo. Sinceramente
eu não entendo.
Afinal,
qual é a tendência? Mini ou maxi? Pequeno ou grande? A ideia é justamente misturar
os dois? Ou seja, quando for viajar, por exemplo, todo o espaço livre que o
tocador de MP3 deixou na mala, será ocupado pelos fones? Todo espaço economizado
pelo celular, que ainda cabe no bolso, será ocupado pelo tablet?
O
que será que vem depois? Notebooks
com tela de 29 polegadas? Será que alguém conseguiria criar algum dispositivo
grande que possa ser dobrado em três ou quatro partes para caber no bolso?
Vamos
aguardar...