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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Quer ter um animal? Seja melhor do que ele primeiro!


O vídeo está em todo lugar. Assisti ontem de madrugada e nesse curto espaço de tempo, os internautas se encarregaram de divulgá-lo e, não só isso, levantaram até o número do CPF da pessoa. Minha avó assistiu o vídeo pela TV hoje de manhã. Agora, o facebook está tomado de compartilhamentos desse mesmo vídeo, bem como reproduções do perfil do twitter da monstra e muitas mensagens de revolta. Estou falando da idiota que chuta, joga longe e coloca um balde de cabeça pra baixo em cima do pobre filhote de yorkshire, tudo isso na frente do filho de três anos.

Revoltante. Divulguei o vídeo sim, me parece ser bem real. Nada como montagem da moça atropelada depois de sair na rua correndo após levar um susto. Eu não divulguei os dados da assassina porque não sei como a turma conseguiu e não tenho como verificar se são verdadeiros. De qualquer forma, a justiça é que deve cumprir esse papel.

Só me resta uma pergunta: Se não gosta de animais, porque ter um? Os animais domésticos são amigos, companheiros, fazem tudo por nós. Percebem quando estamos tristes, doentes, fazem festa quando chegamos em casa e a única coisa que querem em troca é carinho. Não precisa dar video-games, bolsas caras, jóias, sapatos de grife, levar a restaurantes caros. Só o que eles querem é atenção e amor. E é isso que falta em uma pessoa dessas, como a mostrada no vídeo. Nem amor pelo próprio filho ela tem, uma vez que o moleque vê tudo.

Ao adotar uma criança, as assistentes sociais fazem milhões de perguntas, forçam a preencher formulários, tem que comprovar renda e etc. Mas para adotar um animal, qualquer idiota consegue. E fazer um filho, não precisa nem mesmo evoluir ao ponto de se tornar um idiota. É o caso da protagonista do filme de terror divulgado na internet, que deixa o Vincent Price parecer um bebê chorão!

O vídeo me revoltou muito. Espero que as autoridades façam alguma coisa a respeito. E não deixem o nosso país passar por mais essa vergonha!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

DIA DO EXAME

6:00 AM – O galo canta e o gorducho acorda amaldiçoando a ideia de marcar o exame para um horário tão cedo. Em tempo: “o galo canta” não é nenhum tipo de metáfora. É o toque do despertador do meu celular. Cambaleando levanto e vou até a cozinha preparar meu café da manhã. Meu exame está marcado para as 8:20h, não posso comer muito, afinal é um exame ergométrico e não quero vomitar na esteira. Não posso fumar e nem ingerir cafeína duas horas antes do exame. Já estou puto!

6:20 AM – Olhos no relógio e raciocino: o exame começa as 8:20. Se eu fumar agora, contando com o atraso de praxe dos laboratórios, vai dar mais de duas horas sem fumar. Tudo bem. Fumo.

6:25 AM – Vou até o banheiro colocar a leitura em dia. Em seguida tomo banho e fico desenhando formas geométricas no vapor da porta do box. Vou até o quarto, coloco a roupa e vou pegando toda tralha pra levar: mochila, água, toalhinha, camiseta pra trocar, pedido do exame, carteira de motorista, carteirinha do convênio. Enfio tudo na mochila e olho o relógio...

7:00 AM – Ainda!!! Preciso chegar ao laboratório vinte minutos antes do exame. Tenho que fazer dois: ergométrico e raio-x. Mas ainda tenho tempo. Resolvo ler as notícias no UOL. Percebo que estou sem óculos enquanto tiro a fuça da tela do computador e descubro que o monitor está em ordem. As letras tremidas foram causadas pela falta dos óculos. Menos mal. Não precisarei comprar outro monitor. Não por enquanto.

7:40 AM – Merda. Estou atrasado. Não devia ter perdido meu tempo vendo “as gatas do brasileirão” na internet. Ainda estou em casa quando deveria já estar lá. Pego a mochila com as tranqueiras e desço até a garagem. Jogo tudo no carro e ligo o motor. Desligo o motor em seguida para poder subir de volta ao apartamento e pegar o papel com o maldito endereço.

7:50 AM – Trânsito! Eu ainda não descobri que moro em São Paulo? Aliás, onde fica a rua do laboratório? Eu sei que é perto de casa, mas saber só isso não é suficiente. Vou adivinhando enquanto dou voltas inúteis e finalmente chego.

8:10 AM – Subo correndo e descubro que o exame de raios – x estava marcado para as 8:20. O ergométrico (que me proibia fumar e beber café) estava marcado para as 9:00. Estou com raiva. Podia ter fumado o último às sete horas, enquanto via as “gatas do brasileirão”.

8:30 AM – Sou chamado para fazer o raio-x. Em seguida, vou até o oitavo andar do prédio e aguardo a chamada para o próximo exame. Torço pra que uma gatinha me atenda. Não foi o caso. Inclusive, devido aos meus pensamentos raivosos com relação à estética da moça, acabo ficando com mais pena dela do que de mim mesmo. Culpo a falta do cigarro pela irritação.

9:00 AM – Dou graças a Deus por ser atendido por uma mulher feia no mesmo momento que ela pede que eu tire a camisa. A barriga está grande. A *%$@# da mulher raspa meu peito pra colocar os eletrodos. Começo exame, a pressão arterial está normal, subo na esteira e a mesma *%$@# que raspou meu peito inclina a esteira para simular uma subida. E a velocidade vai aumentando. Ódio. As pernas começam a doer e eu desejo ardentemente uma cama. A minha. Hoje vou dormir até sexta! Desço da esteira e a madame pergunta se estou bem. "Sim, claro, fui obrigado a não fumar, não tomar café, vi que poderia ter comido mais do que duas fatias de pão de forma com Toddy, você me fez correr, olho pra sua cara e me dá vontade de te jogar aqui de cima..." pensei. “Sim, estou bem” disse em voz alta. Deito na maca para que ela veja a pressão de novo e aproveito pra descansar. Explico pela milésima vez que respiro pela boca porque meu nariz é quebrado, torto, e a narina direita não funciona. Pergunto se posso ficar lá uns dez minutos, deitado, descansando. Diante da negativa, penso em um jeito de me vingar. Mas pensar, a essa altura, já está impossível.

NÃO SEI MAIS QUE HORAS SÃO – Espero o elevador por vários minutos ao lado de uma loira linda, alta, que parece alguém da televisão. Chegam os dois elevadores ao mesmo tempo e a vaca entra no outro. Ódio mortal.

Chego em casa e me ofereço pra fazer um macarrãozinho. Minha tia recusa. Maldito regime. Me entupo de refrigerante e cigarro e me jogo na cama. Hoje, vou dormir até sábado.
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