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quinta-feira, 14 de junho de 2012

FÉRIAS


Estou quase encerrando mais um capítulo da novela “Faculdade”. Fim do terceiro semestre, estou na metade do curso e estou contente pela minha atuação até aqui. Quem me conheceu há tempos, jamais imaginaria que eu pudesse gostar de estudar alguma coisa. Pois é, os tempos mudam. Ou as pessoas mudam. Ou o tempo muda as pessoas, não sei. Só sei que as pessoas não mudam o tempo e eu mudei (talvez porque eu não seja o tempo). Entendeu?

Mas embora eu sinta falta de uma galerinha bacana que conheci na faculdade e tenha uma certa pressa em terminar o curso (pura afobação), dou graças a Deus que vou ficar pelo menos um mês sem ouvir que aquela maldita moto está sendo roubada e é monitorada pela Car System! Até porque a Car System não monitora aquela moto. Ela é roubada todos os dias e até hoje não vi ninguém da empresa por lá! Aliás, a única coisa que vejo é a moto, porque nem o dono dela aparece. Deve sentir vergonha de ter uma moto que é roubada todo santo dia e, embora o alarme diga o contrário, não é monitorada pela Car System!

O que vou sentir falta durante as férias são aquelas cenas típicas de filme que de vez em quando acontecem por lá. Por exemplo, outro dia uma menina queria atravessar a rua e havia uma poça em seu caminho. Ela ensaiou o salto umas cinco vezes. Se ela fizesse como fez nos ensaios, atravessaria a rua em um pulo só! Mas algo deu errado e, embora ela tenha saltado com afinco, acabou por meter os dois pés juntos bem no meio da água! Eu, que fumava um cigarrinho tranquilamente antes de adentrar o recinto, me engasguei de tanto rir.

O que parece não terminar nunca é a busca por um emprego. Sim, procurar emprego dá muito trabalho (desculpem, essa foi péssima). Acho que quando eu conseguir, estarei tão cansado que pedirei dois dias de folga!

E lá vamos nós! Disseram que 2012 seria um ano de mudanças. Só espero que a mudança não seja do tipo sair do estado de “pobre” pro “miserável”. Ou eu arrumo alguma coisa, ou ganho na loteria ou descubro algum parente rico que deixou tudo para mim! Porque se nada disso acontecer, continuarei pobre.

A partir de hoje, não vou mais gastar meu dinheiro com besteiras! Só gastarei com coisas importantes: cigarros, refrigerantes, chocolates, mulheres e gibis! De vez em quando, me permitirei uma balinha de menta, porque ninguém é de ferro. E ainda bem! Se eu fosse de ferro, já teria enferrujado com essa chuvinha ridícula que tem caído sobre nossas cabeças.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

CIGARRO X CARTÃO


Eu já conversei com um advogado, um gerente de casa noturna, um policial militar e um funcionário do PROCON. Eles foram unânimes em dizer que:

1.      Não pode haver um limite mínimo para o uso de cartão de débito/crédito;
2.      Não pode haver distinção de produtos para a aceitação do cartão como forma de pagamento;
3.      Não pode haver obrigatoriedade de consumo de qualquer outro produto que não foi escolhido pelo cliente para pagamento com cartão (o que caracteriza venda casada);
4.      Se o estabelecimento possui a máquina, é obrigado a aceitar o pagamento com o cartão.

Oras, um gerente de casa noturna lida com clientes, cartões e administradoras todos os dias, um policial é chamado para resolver conflitos, inclusive entre clientes e estabelecimentos, um funcionário do PROCON passa o dia recebendo reclamações sobre direitos do consumidor e um advogado sabe mais dos meus próprios direitos do que eu mesmo. Não é possível que eles estejam errados e o atendente da lojinha de conveniência do posto esteja certo!

Eu compro cigarros com o cartão de crédito sim. É meu direito usar o cartão como forma de pagamento, seja lá qual for o valor da compra. Eu simplesmente tenho ódio mortal de atendentes que dizem: “não passa cartão pra cigarro”. Tem que passar! A desculpa usada é que a administradora cobra uma taxa muito alta para cada venda e, como o lucro do cigarro é baixo, o estabelecimento acaba ficando na mesma. Mas isso não é problema meu. O estabelecimento e a administradora que se entendam e parem, de uma vez por todas, de fazer o consumidor sair no prejuízo!

A idiotice é tanta que, mesmo sabendo que não vai passar cartão de crédito porque o gerente não deixa, a atendente pergunta:

— Crédito ou débito, senhor?

Eu falo que quero crédito e a lesma diz:

— Não passa crédito pra cigarro, senhor.
Então, por que pergunta?

Já reclamei no PROCON e as lojas (não é só uma) deverão ser multadas. E não aceito questionamentos do tipo “ah, você não tem nem cinco reais na carteira”. Não é esse o problema. O problema é ter meus direitos de consumidor violados por gente que não tem a menor noção do que pode ou não ser feito.
Não quero andar com notas e tenho esse direito. Se eu perder minha carteira, por exemplo, quem achar pode tirar meu dinheiro de lá antes de devolver. O cartão, por sua vez, já é mais complicado. Sem a senha, é plástico inútil. Não estou dizendo que vou me livrar de assaltos, mas me livro dos oportunistas. Além disso, posso precisar do dinheiro para pagar alguma despesa em lugares que não possuem máquina de cartão.
Precisamos aprender a exigir nossos direitos, mesmo que pareçam ridículos, como é o caso.
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