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segunda-feira, 27 de junho de 2011

OCEANO

          Toda vez que um feriado acaba, eu me lembro de como é ruim viajar em alta temporada. A cidade está superpopulosa, muita gente estressada que quer se revigorar das dificuldades do dia-a-dia vai viajar, mudar de ares, e ninguém percebe que todos os problemas (ou quase todos) que existem aqui, passam a existir lá também. Horas de congestionamento, filas em todos os lugares e assaltos são só alguns dos mesmos problemas enfrentados nessa época. O que deixa a dúvida: vale a pena?
          Muitos gostam de praia. Descem a serra porque querem passar o feriadão lá, a qualquer custo: vale pegar bicho de pé, pisar em cocô enterrado na areia, carregar os brinquedos da molecada, sair correndo atrás de guarda-sol mal fixado que voa com o vento e queimaduras de sol. Queimaduras de sol acabam sendo a melhor parte. Farmácias precárias superlotadas, porque a sobrinha esqueceu o xampu em São Paulo, a neta limpou a privada com a escova de dentes da avó, o filho mais velho está com insolação  a menina dormiu embaixo do sol e ficou com muitas bolhas nas costas. Nunca me esquecerei da cena bizarra de uma menina com as costas vermelhas e a barriga branca, procurando alguma pomada que aliviasse queimaduras. Vai ver que não passou pela cabeça dela que queimadura de sol quer dizer exatamente isso: queimadura de sol!
          Mas voltando à praia em si, o mar é o que mais encanta. De fato, devo assumir, o visual é lindo e o som das ondas é relaxante. Porém, o mar é o lar dos peixes.
          Entre todas as espécies de seres marinhos (que deve ser da ordem de milhares, não sei) o que mais me impressiona é a baleia-azul: é o maior animal do planeta, tem mais de trinta metros de comprimento, é o que mais come e o que mais defeca. Tudo isso lá dentro do mar, onde você gosta de mergulhar.
          Imagine agora o tamanho do pênis de um bicho desses. Vou te falar: um animal adulto possui um pênis com mais de dois metros de comprimento. Isso mesmo, maior que eu ou você. Os testículos chegam a pesar dez quilos! E agora, imagine onde esse monstro se reproduz... Isso, lá mesmo. No mar, na mesma água que você engole às vezes!
          E o surfista, malhadinho, cheio de marra, sai da água todo orgulhoso com a prancha na mão e senta na areia (em cima do cocô enterrado), pra paquerar a gatinha, que por sua vez, alisa docemente a pele grudenta, pensando que o grude é consequência do sal da água. Não é demais?
          Ué, ficou com nojinho?

2 comentários:

  1. antes porra de baleia numa praia linda que alguns ~objetos~ que encontramos em algumas praias do litoral sul de sp...

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  2. o problema é que a porra da baleia tb vai pro litoral sul rsrsrs

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