VERBALIZAÇÃO



          Antes era fácil me sentar diante da tela em branco do computador e escrever alguma coisa. Essa semana foi difícil. Parece que o assunto acabou. As atualizações desse blog ficaram mais espaçadas por pura falta de assunto.  Estou sofrendo de crise de criatividade e não estou conseguindo ridicularizar as situações que me cercam. Mas é sempre assim. Quando eu acho que alguma coisa vai bem e está dentro daquilo que foi esperado, algo acontece e eu perco o fio da meada.

          Primeiro veio a ideia escrever contos. Depois, veio a ideia de juntar os contos em um livro. Descobri uma forma muito bacana de editar o livro. Eu estava com a faca e o queijo na mão. Me propus a escrever dez contos para ter uma quantidade razoável, que justificasse uma publicação. Consegui escrever nove. E o último está difícil. Não sai nem a tapa! Falta imaginação!

          Bom, eu tenho uma pequena crônica nesse blog que se encaixaria no tema do livro, que são as várias visões humanas da morte. Ou o que poderia levar a ela. Mas como eu sou um indivíduo muito chato, beirando o insuportável, decidi que não colocaria um texto repetido.

          Eu acho que estou certo. Afinal, se você lê de graça um texto aqui, ao comprar o livro, poderá se sentir enganado ao perceber que há ali, algo que você já conhece. Então, desisti dessa solução. Meu lado brasileiro, então, gritou em meus ouvidos: faça o livro com nove textos! Amordacei o lado preguiçoso e refleti.

          Cheguei à conclusão que nada vem fácil. Não é sempre que se chega em segurança ao seu destino usando atalhos. O mundo demora um dia para dar uma volta em torno de si mesmo e um ano para passear em volta do sol. Eu mesmo demorei nove meses para nascer. Vou me formar em três anos. Não há motivo para pressa.

          Tenho que deixar de ser ansioso e entender que tudo acontece em seu devido tempo. E só se aprende a criar soluções quando se passa pelos problemas e não quando se passa sobre eles.

             E nessa, pronto: consegui mais um post, que pode não ser o ideal, mas garante o exercício de escrever e verbalizar as ideias