Mais
uma hora perdida ao telefone. O título do post
anterior dizia que tudo termina bem. Mas isso não é verdade. Vou explicar.
Dias
atrás eu liguei na operadora do meu celular e pedi que fossem desativadas duas
linhas dependentes da minha linha principal. O atendente, muito preocupado em
tentar me convencer que era super vantajoso continuar pagando por um serviço, o
qual eu não usava, cancelou não só a linha dependente, como também a principal.
Como
havia um prazo de até cinco dias úteis para o desligamento, na segunda-feira de
manhã, eu consegui usar o celular. Depois disso, sem receber e sem precisar fazer
nenhuma ligação, não notei que o sinal do meu aparelho havia desaparecido. Percebi
apenas na terça-feira de manhã.
Ciente
de que em alguns casos basta desligar e ligar o telefone para resolver alguns
tipos de problema, assim fiz. Não resolveu. Hoje, vi que ainda estava sem
sinal.
Sem
nenhum pudor, liguei na operadora. A essa altura, eu já sabia que, por
incompetência ou vingança — por eu não ter lhe dado ouvidos e por ter impedido
que ele conseguisse me manter pagando mais do que eu precisava pagar — o tal do
Daniel havia feito a besteira. Gastei mais de uma hora para reativar a minha
linha.
A
pessoa que me atendeu desta vez, garantiu que minha linha retornará, mas dentro
de um prazo de 48 horas. O problema é que esse celular está no meu currículo. E
eu estou procurando emprego. E eu sinceramente não sei se nesse tempo em que
ele esteve e estará inativo, alguma empresa vai me telefonar para agendar
alguma entrevista. Além disso, moro com a minha avó doente e saio todos os dias
para ir para a faculdade. Graças a Deus não aconteceu nada com ela, mas eu
corri o risco de não ser achado caso houvesse alguma emergência. Como se não
bastasse, esse número é o que eu passo para as pessoas. Como ilustrador,
músico, tradutor, com vó doente e procurando emprego, não posso simplesmente
ficar sem celular por capricho ou burrice de um atendente que é forçado a
trabalhar nos finais de semana e faz tudo mal feito.
Ainda
há outro problema, que ainda não aconteceu, mas é bem provável que aconteça, já
que o fraco das empresas de telecomunicações é a comunicação interna: com a
troca do aparelho, que saiu de graça, eu assinei um termo de adesão. Caso haja
mudança de plano para um inferior ou cancelamento da linha, devo pagar uma
multa alta, no valor inteiro do aparelho. As linhas dependentes não possuem
essa carência. Isto posto, é provável que a minha próxima conta venha com a
multa. Vou esperar, mas já adianto que se houver alguma irregularidade, vou
direto ao PROCON.
Por
isso eu defendo a ideia de que algumas pessoas não podem trabalhar. Pode
parecer preconceito, politicamente incorreto, mas casos como este, em que o
atendente suspendeu a minha linha sem autorização (a linha principal), causam
transtornos para o cliente e para a empresa. Por mais que haja pressão do chefe
para manter o cliente pagando e pressão do cliente para parar de pagar, quem
trabalha com esse tipo de atividade tem que ser esperto e paciente. Não pode
sacanear o consumidor, nem sem querer, e nem de propósito.
Em
princípio está tudo resolvido. Em 48 horas, no máximo, terei o meu sinal de
volta. Mas qualquer irregularidade na conta ou na linha; ou se ficar comprovado
que eu tive algum prejuízo por conta disso, vou recorrer ao PROCON, ANATEL e
onde mais eu puder ir. Se, por algum acaso, a empresa tiver que me indenizar ou
tiver algum prejuízo por conta da atitude desse rapaz e ele perder o emprego,
não é problema meu.
PS:
Vale lembrar que a atendente com quem falei hoje me disse, antes de reativar a
minha linha, que o setor responsável entraria em contato dentro de um
determinado prazo... através do meu celular! Perguntei como fariam isso, se eu
estava sem sinal. O silêncio foi constrangedor.
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