FÉRIAS

          Tempo de férias. Me faz lembrar — e muito — os tempos de escola. É uma boa lembrança, mas diferentemente do que acontecia naquela época, algumas coisas atualmente funcionam de outro jeito.

Talvez pareça cafona, coisinha de adolescente babão, mas a verdade é que aprendi a me afeiçoar, em níveis diferentes, por cada uma das figuras que conheci nesse semestre. Professores e alunos. E na faculdade, amigão, não há mais espaço para “adolescentismo”. E eu já não sou um faz tempo.

          Mas não há como negar que vou sentir falta, nesse próximo mês, daquilo que eu antes reclamava: acordar cedo pra agüentar alguém falando a manhã toda sobre assuntos que até então, eu nem sabia que existiam. Tudo bem, é só um mês. Mas tenho que levar em consideração que muitos professores irão mudar depois das férias. Talvez todos. E não há garantias de que os próximos sejam tão simpáticos, didáticos e bacanas como foram esses. Pode me chamar de CDF, puxa-saco ou outro adjetivo qualquer. Não me importo. Porque o que quero dizer, é que o próximo semestre não será tão fácil quanto foi o primeiro e talvez os professores novos não consigam enfiar na minha cabeça o que eles têm pra ensinar.

          Os colegas também farão alguma falta. Mas com os colegas, a coisa funciona de outra forma. Podemos ter mais proximidade, adicionar ao Facebook, pegar telefone, sair junto. Coisa que com professores, acaba ficando mais difícil. Até porque, não tenho tanta certeza de que eles gostaram dos tanto alunos quanto os alunos gostaram deles. Talvez, vontade de continuar tendo aula com eles seja tão intensa quanto à vontade que eles possam ter de se livrar de nós. Ou não. Quem sabe?

            De qualquer forma, eu sabia que seria assim. E o que importa agora é aprender coisas novas, para um futuro melhor. As amizades boas irão continuar, as ruins irão se desfazer. Possivelmente, alguns poderão passar por uma love story qualquer, conseguirão novos empregos e farão ainda mais amizades. A beleza da vida está aí. Até que a faculdade não foi tão assustadora quanto eu pensava ser. E que venha o próximo semestre (mas deixe-me dormir um pouco antes)!