A
impressão que tive de Buenos Aires foi bem interessante. Notei muitas coisas
legais, algumas até que poderiam fazer por aqui. Os semáforos, por exemplo,
acendem a luz amarela tanto antes de fechar (como é aqui) quanto antes de
abrir. As ruas e avenidas são muito bem asfaltadas, não há buracos e o trânsito
me pareceu bem melhor. Ouvi poucas buzinas e só pegamos um pouco de
congestionamento na rua onde aconteceria o show de tango. É verdade que, de
acordo com o que um dos taxistas me falou, muita gente viajou no feriado.
Talvez por isso a cidade me pareceu bem calma.
Muitas
ruas são estreitas, não vi padarias e há muitos taxis. Na verdade, o que mais
vi por ali foi taxis e lojas Havanna, dos famosos alfajores. O clima estava
frio, tempo nublado na maior parte do tempo e, logo no primeiro dia, uma garoa
fina. O vento gelado nos acompanhou todos os dias.
A
avenida nove de julho, a mais famosa, é muito larga. Muito mesmo. São umas
quatro pistas com umas quatro ou cinco faixas cada uma, com canteiros no meio
acompanhando a avenida. Fiquei impressionado com o tamanho. Acho que se
pegarmos a marginal pinheiros como exemplo, a avenida ocuparia todo aquele
espaço, incluindo o rio.
Muitos
portenhos falam português, principalmente os comerciantes. Muitas lojas aceitam
real, dólar e euro, além do peso. Vi muitos turistas americanos também. Mas
acho que os brasileiros eram maioria.
A
cidade é bem bonita, mas também existem muitos moradores de rua, lixo nas
calçadas e muitas calçadas são esburacadas. Com certeza não é o melhor lugar do
mundo para morar, mas me deu vontade de ficar por lá mais tempo. De maneira
geral, me pareceu uma cidade mais organizada que São Paulo.
Um
dos pontos que mais gostei, que não é exatamente um ponto turístico, mas atrai
muita gente, é a livraria El Ateneo. É uma loja muito grande e muito bonita por
dentro. Antigamente funcionava um teatro
lá. A aparência de teatro foi mantida, com camarotes por toda a volta, vários
andares, e o palco foi transformado em uma cafeteria. Quem for pra lá, não
deixe de visitar. Comprei três DVDs por um preço bem barato. Títulos que
custariam caro por aqui. Mas apesar do real valer mais, nem tudo é bem mais
barato. Instrumentos musicais, custam mais ou menos o mesmo que custam aqui.
Algumas peças de artesanato são caras, mas em geral, produtos típicos de lá,
como por exemplo objetos feitos em couro, são baratos. A cerveja é mais cara
que vinho e, de acordo com o que a minha tia disse, os restaurantes ficaram
mais caros, embora ainda sejam mais baratos do que os de São Paulo.
Outro
lugar bem legal por dentro é a Galeria Pacífico. Na realidade, essa galeria não
passa de um shopping Center, com muitas lojas, praça de alimentação, enfim,
nada muito diferente daqui. Só o teto chama a atenção, por ter pinturas bem
bonitas.
Sim,
vale a pena voltar lá muitas vezes.
Galeria Pacífico |
Uma das várias lojas Havanna que existem lá |
Interior da livraria El Ateneo |
Teto da Galeria Pacífico |
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