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sexta-feira, 4 de maio de 2012

BUENOS AIRES, SEGUNDA, 30 DE ABRIL


Minha tia elegeu a segunda-feira como o dia das compras. Isso significava que eu teria muito ainda o que andar, além do que eu já havia andado. E não, não emagreci. O que perdi de calorias, ganhava de volta na refeição seguinte. 

A avenida Florida é o local das compras. Claro que existem vários outros lugares na cidade onde se pode comprar qualquer tipo de coisa, mas a Florida, talvez por ser uma rua onde o tráfego de carros é proibido, fazendo com que o trânsito de pedestres seja muito fácil e seguro, acaba atraindo muitos turistas, além dos próprios portenhos.

Lá tem de tudo. Uma espécie de 25 de março mais chique, menos barulhenta e mais segura e ordenada. Há um bom policiamento e as pessoas não se trombam. Também não é tão lotada de pessoas. Claro que é sempre bom guardar bem objetos de valor, como máquinas fotográficas, celulares e principalmente dinheiro. Nesse ponto, acho que nenhum lugar no mundo é 100% seguro.

Desde marcas famosas até artesanato, há de tudo por ali. Gastamos a manhã toda e parte da tarde andando pra lá e pra cá. O estômago começou a roncar de forma constrangedora. Minha tia, já na sua terceira visita à cidade, sugeriu algum restaurante em puerto madero, bairro onde ficar o porto, o cassino e a UCA (Universidade Católica da Argentina). O lugar é muito grande e há um museu naval, dentro de um navio, super interessante. Tirei muitas fotos lá.

No porto, escolhemos um restaurante bem legal, comida ótima e o ambiente, fantástico. Comer olhando rio é muito bacana. Passamos a tarde lá, entre almoço, a visita ao museu naval e a longa caminhada pelo porto. Saímos de lá à noite, voltamos para o hotel e do hotel, fomos ao famoso Café Tortoni. Lá comemos um pedaço gigante de torta de chocolate que estava ruim e fizemos amizade com um casal de Natal. Ela disse ser advogada e também disse estar fazendo doutorado em Buenos Aires. De lá, seguimos para o cassino. 

Em Buenos Aires, de acordo com o que me disseram, os cassinos são proibidos. Porém, o rio (rio Prata, se não me engano), é território nacional, mesmo estando dentro da cidade. Por isso, apesar da proibição dentro de Buenos Aires, se o cassino estiver na água, pode operar. Isso talvez explique o fato do cassino funcionar dentro de dois navios. A entrada, obviamente, é por terra. Ali, logo de cara, tem um restaurante e banheiros e um lugar pequeno para shows. Mais pra frente, há um corredor (que deve servir de “ponte” para a entrada no navio) e o cassino opera na água. O interessante é que, de fora, parece apenas uma construção em terra firme.

Na mesa de roleta, onde fui em primeiro lugar, eu perdi. Passei para as máquinas de roleta. O pobre funcionário do cassino deve estar até agora tentando saber de onde eu surgi. Ele falou em português, inglês e espanhol comigo. Eu entendia as três línguas. O que acontece é que às vezes, devido ao barulho, eu dizia não ter entendido. Em vez de falar mais alto, ele trocava o idioma. 

Quando comecei a ganhar alguma coisa na máquina, senti alguém cutucar meu ombro. Gelei! Me senti naqueles filmes onde os seguranças do cassino, ao ver alguém ganhando, vão dar uma prensa no cara. Já achando que eu iria apanhar muito e ser jogado no rio, virei a cabeça pra trás. Era minha tia, pedindo pra ir embora. Ufa... Voltei pro hotel com 150 pesos (o que não deu nem 100 reais).

Entrada do cassino

Puerto Madero à noite

Florida

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