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terça-feira, 27 de setembro de 2011

TEMPO

Horários são sempre inimigos da paz. Acordar, dirigir até a faculdade, entregar trabalhos e fazer provas. Voltar para casa, estudar, fazer trabalhos que serão entregues em outros dias, ler o que é preciso para a aula seguinte, correr atrás de material que não se acha em lugar nenhum, ou que, por semelhança de nomes, acabam confundindo alguns que conseguem o material errado e ainda dizem: “foi fácil achar”. Eu já soube de três casos de pessoas que compraram livros errados por causa disso. Eu sou uma delas.

É necessário ainda achar tempo pra ver amigos, conhecer gente nova, se distrair. A necessidade de um emprego também ocupa uma parte do dia. É preciso ficar de olho no e-mail para uma possível oportunidade de trabalho como músico. E ainda tenho que fazer um desenho que me encomendaram. Tenho que escrever para esse blog, desenhar para o outro (que está abandonado até não sei quando), ver qual professor pode me orientar no meu projeto de iniciação científica e escrever mais contos. Quem leu os onze primeiros gostou, e agora me cobram mais. E faltam ideias. Ao que tudo indica, todas as minhas boas ideias foram usadas nesses contos e agora, preciso reciclar a mente.

Essa reciclagem é constituída de atividades prazerosas, como ouvir música, ver filmes e séries e ler livros. Mas não há tempo. Ou melhor: tenho muito tempo. Só não sei como administrá-lo. Já ouvi relatos de quem trabalha dessa forma, em casa, sem horário fixo, que dizem exatamente isso: a administração do tempo é uma das coisas mais difíceis. Outro empecilho é a administração dos familiares, que insistem em conversar quando estou ocupado, uma vez que minhas atividades de estudo e trabalho (quando há algum) é facilmente confundida com lazer. E não deixa de ser um lazer. A diferença é que, nesse caso, o lazer não pode ser interrompido, já que a fluência de ideias e a concentração somem como fumaça ao vento. E ainda existem as atividades normais a qualquer ser humano, como tomar banho, dormir e comer. 

O dia tem vinte e quatro horas que são mais do que suficientes para realizar tudo, uma vez que nem tudo precisa ser feito em um único dia, podendo ser deixado para depois (em alguns casos isso é até necessário). Mas com a minha desorganização, o dia parece ter apenas oito. Que são as mesmas oito horas que preciso usar para dormir.

domingo, 18 de setembro de 2011

PRA VARIAR


A CET vai multar todos os que não respeitarem a lei do pedestre. Como sempre, quem paga a multa é só o motorista e as autoridades, ou seus representantes, continuarão ignorando qualquer lei.

Essa lei já está em vigor há algum tempo, mas confesso que ela não está ajudando. Na minha humilde opinião, essa lei só culpa os motoristas e ajuda os pedestres a serem mais descuidados. Mas eu não confio. Não mesmo! E explico o porquê: Semana passada eu estava saindo da faculdade e fui atravessar a rua para ir ao estacionamento. Pus o pé na rua e vi uma moto vindo. Como não sou bobo, recuei e esperei que o motoqueiro passasse. Qual não foi a minha surpresa ao ver, quando ele se aproximou, que se tratava de um agente da CET, em uma moto da CET! Simplesmente ignorando a lei. A preferência não deveria ser minha?

Se o representante da lei não obedece aquilo a que ele serve, que razão tem ele ( e os outros) de cobrar isso do resto da sociedade? Quem irá multá-lo? Ele mesmo? E eu quero saber: quem multa a prefeitura por semáforos queimados, buracos nas ruas, placas escondidas e ruas mal (ou seria mau? Eu nunca sei) sinalizadas? 

Como os motoristas podem ser responsabilizados por pedestres que atravessam fora da faixa, com sinal vermelho e olhando para o céu, andando na diagonal? Por que aquele guarda (outro guarda em outro dia) somente assistia a bagunça de um cruzamento caótico sem semáforos, com pedestres ignorando as calçadas, carros ignorando os pedestres e agentes da CET ignorando tudo? Onde está a orientação? E a sinalização? Desse jeito, amigos, vamos muito mal (ou seria mau?)!

sábado, 10 de setembro de 2011

AVENTURA UNIVERSITÁRIA

São Paulo é uma aventura. Sempre. Às vezes boa, às vezes ruim. No caso da última quinta-feira foi boa, embora eu tenha me sentido um verdadeiro palhaço. Uma rápida explicação: Na faculdade, temos aulas de inglês. Para quem não sabe o idioma, a professora ensina desde o comecinho. Mas alguns alunos já possuem uma boa noção de inglês, alguns dão aula e há, inclusive, uma menina que morou nos Estados Unidos por um bom tempo, inclusive freqüentando as escolas de lá. Isso fez com que ela conseguisse um bom nível de fluência na língua. Para que essas pessoas não precisem se preocupar com a freqüência das aulas e com provas, a universidade oferece um teste de proficiência. Se você passa, está automaticamente dispensado das aulas de inglês e sua nota nesse teste, é a mesma nota do semestre.

É óbvio que o geniozinho aqui resolveu participar da brincadeira, mais até para saber até onde consigo ir sem o auxílio de pesquisas, gramáticas e dicionários, do que para ser dispensado das aulas. Embora a dispensa seria muito bem-vinda. Mas no meu caso, o exame de proficiência se tornou um exame de proineficiência. Ineficiência, deixando bem claro, em relação à mim e não ao exame ou à universidade. E a partir disso, volto a falar sobre a aventura de viver em São Paulo.

Qualquer um que pense “São Paulo”, pensa, por tabela, na palavra trânsito. Caos também é sempre relacionada à cidade. E trânsito caótico é a frase que melhor se aplica ao adjetivar a minha cidade. E baseado nisso, resolvi que seria melhor sair de casa às quatro da tarde, para ao correr o risco de perder a prova que começaria às sete da noite, tendo em vista que eu teria que sair da zona sul e ir até a zona oeste, andando por vias congestionadas. E como sempre, caí do cavalo de novo. As ruas e avenidas estavam livres e gastei não mais do que meia hora para chegar lá. Isso, em outras palavras, quer dizer que fiquei mais ou menos duas horas no campus da universidade sem ter o que fazer.

Fui com uma amiga da minha turma. Chegando lá, logo achamos um jeito de gastar as duas horas: lembramos que não sabíamos se estávamos no prédio certo e qual era a sala onde se realizaria o exame. Procuramos pelo prédio todo. Por fim, achamos. Mas a prova foi um verdadeiro terror.

Descobri que sei muito menos que eu achava que sabia. Meu telefone não parava de tocar, eu não podia atender para dizer que não dava pra falar naquela hora, e bem na hora do listening (pra quem não sabe, um exercício de compreensão, em que ouve-se um nativo falando). Muito bem. Não preciso dizer que, com todos os meus cuidados, o telefone não estava no modo silencioso, o que me causou a transformação de “cara-pálida” para “pele vermelha” em questão de segundos.

Passado o momento “índio em filme de cowboy americano”, fui escrevendo aquilo que eu achava que sabia, por todas as páginas da extensa prova. Foi tão cansativo, que por um momento pensei que seria melhor freqüentar todas as aulas e fazer todas as provas do que repetir esse exame. Mas a história pode não terminar por aí: se eu passar, ainda terei o teste de conversação. E algo me diz que, se dessa vez eu incorporei o índio em filme de cowboy americano, da próxima, vou encarnar Charles Chaplin em um dos seus filmes mudos!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

FERIADO? QUANDO É O PRÓXIMO?

Ontem foi o dia do sexo. Não sei se oficializado ou se foi só uma brincadeira promovida no facebook, mas achei graça: afinal, ontem foi dia 6/9. Mas o que importa é que no dia do sexo, eu fiquei na mão. Já hoje, é feriado, sete de setembro. E lá vamos nós com mais dias para comemorar, protestar, ou apenas ficar em casa dando graças a Deus que não vamos precisar acordar cedo. Me dei mal mais uma vez: sem a menor necessidade, minha cama me expulsou às oito da manhã! Culpa do dia do sexo, que me fez ir dormir mais cedo!

Agora, o que me preocupa são outros dias: os dias de prova na faculdade. Esses sim, me fazem não pensar em sexo, me deixam na mão, me fazem acordar cedo e, muitas vezes, com vontade de protestar, com chances mínimas de comemorações!

O jeito é aproveitar muito bem o dia de hoje, porque amanhã tudo recomeça. Inclusive a espera pelo próximo feriado (que já estou esperando), a esperança de que seja em uma sexta ou segunda (para que haja emenda) e o fim do semestre com as tão esperadas férias!

Bom feriado a todos.
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